19 de mai. de 2010

Amanhã

Quando de repente você lembrar que eu existo.

Há de me procurar e não mais me encontrar.

Você vai querer tomar meu rosto entre suas mãos; olhar em meus olhos,

E beijar meus lábios...

Você vai desejar segurar suas mãos entre as minhas, e abraçar meu corpo, mas...

Não vai achar.

Você, emocionada, vai reler tudo o que lhe escrevi, mas...

Não mais sentirá minha presença.

Você vai abrir todas as portas e janelas.

Mas nada verá, a não ser as teias de aranha deixadas pelo passado cobrindo nosso mundo.

E ouvirá, pasmada, apenas o vento, uma presença infinita de mim.

E verá como todas as coisas ficaram em silêncio, absurdas e inertes, como se jamais tivessem sido criadas.

E depois a penumbra a janelas de meus olhos

E você vai me procurar nas lembranças, mas encontrara apenas uma saudade infinita, muito grande, e vai chorar e vai sofrer...

E dirá para alguém: escute!

- Era uma vez um coração que apaixonado e cheio de amor, quis dar-me a felicidade...

Mas eu... Simplesmente recusei...

Nenhum comentário:

Postar um comentário